Às vezes, ficamos impactados diante dos acontecimentos sórdidos, parece que todo o nosso longo aprendizado, nossas experiências foram em vão. Ficamos aturdidos, mergulhados em pensamentos e, então, saboreamos o gosto amargo de pertencermos à cruel raça humana.
Quando contemplamos o rosto de uma criança, na sua mais tenra idade, seu olhar angelical, sem malícias, sem rancores; seu belo sorriso é tão natural, meigo e encantador.
Seus pais celebram seus feitos, por mais insignificantes que eles sejam,acreditam que aquele pequeno Ser terá um futuro promissor e, para tanto, não pouparão esforços; eles vão amá-lo, educá-lo, prepará-lo, protegê-lo contra os males e, certamente, seu futuro será bem melhor que o deles!!!,
E, todos nós também torcemos por aquela nova vida, que ora desabrocha. Sonhamos acordados com a possibilidade de que aquela criaturinha, tão frágil e dependente, transformar-se-á num adulto forte, digno, justo, leal carinhoso, prudente, honesto e benevolente.
Algumas vezes, com o passar dos anos, constatamos entristecidos, que os nossos desvelos de pouco valeram. A criança se fez adulto e, ao que parece, uma força diabólica está entranhada na sua índole, no seu corpo, na sua alma. Estamos diante de um individuo torpe, de uma besta-fera, calculista, egoísta, sem princípios, sem valores, sem bondade no coração.
Imediatamente, atribuímos culpa à sociedade, às más companhias e a nós mesmos. Onde é que erramos?Não, não vos amofineis! Todos, talvez, tenhamos uma parcela de culpa; todavia, a bem da verdade, o maior culpado, não é outro, senão ele próprio.
Por ter sido fraco, por escolher o caminho errado e aparentemente mais fácil, por não ter discernimento, nem coragem, nem equilíbrio, nem tampouco amor-próprio.
No imenso jardim ele decidiu-se por ser erva daninha e, com certeza, pagará pela triste escolha feita. Ele construiu, bem ou mal, sua própria trilha
Não temos que chorar, nem nos arrepender de nada, apenas devemos lamentar sua triste e tão sombria desdita..Texto:Nelson Barh
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