Quando eu era menino indagava e tentava entender: o bêbado. Por que alguém que, embora não tivesse labirintite, adorava ficar tonto; que embora não fosse gago, adorava gaguejar e, mesmo não tendo dislexia, nem disfonia, adorava falar e escrever errado; que embora não fosse astigmático, preferia tudo enxergar embaralhado; que embora tivesse moradia preferia ficar dormindo ao relento na rua; que embora não tivesse gatismo, incontinência urinária, nem intestinal, preferia na roupa urinar e defecar?! Seria uma simples escolha ou profunda loucura de alguns seres humanos?
Hoje, entendo trata-se do alcoolismo, uma doença perversa, degenerativa (se bem que nem todos que façam uso da bebida sejam alcoólatras) que precisa de um tratamento bem variado, com medicamentos apropriados, com auxilio de associações de autoajuda, com muita força de vontade da pessoa doente e principalmente de muito apoio e carinho familiar. Texto: Nelson Barh.